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Faltou dizer no texto anterior, na parte sobre retorno, que escrevo sem saber se você está lendo. Você bem amplo.


Você, a quem o texto foi destinado.

Você, a quem o texto não foi inicialmente destinado, mas passou a compor a lista.

Você, que se pergunta se estou falando sobre você.

Você, que incrivelmente não é o personagem desta vez, mas que está se questionando também.

Você, que nem sabe ao certo como veio parar aqui, mas continua lendo.

Você, tão silencioso que nem imaginei que me lia.

Inicialmente eu propunha que esse texto servisse para que você, leitor, se apresentasse. Sugeria até que isso fosse anonimamente. 

Mas a verdade é que eu sempre escrevi para não explodir. Escrever sempre foi uma válvula de escape. Nunca tive como foco saber o que as pessoas acham sobre o que eu escrevo. Fico feliz quando falam que algo as ajudou, que sentiu determinada coisa lendo, mas não dependo disso para continuar escrevendo. 

Por fim, conclui que não gosto de coisas anônimas. Sou curiosa demais para me corroer com mais dúvidas. Continuarei não sabendo a qual você você pertence. E por mim, tá tudo bem assim.

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